7 de junho de 2009

NÃO OLHE PARA BAIXO

Os veteranos do alpinismo sempre recomendam aos iniciantes, para que nunca olhem para baixo quando estiverem escalando uma montanha. E sabemos o porque disso. É que ao olhar para baixo, se consegue ver o perigo, e o medo do perigo acaba sendo maior que a coragem da escalada da montanha. O medo enfraquece e o resultado pode ser fatal. Ao contrário, olhando para cima, se vê a vitória e o objetivo sendo alcançado.

Houve um momento na vida de Pedro, que aconteceu algo semelhante. Pedro estava num barco junto com outros discípulos, quando Jesus, que estava na praia, começou a andar sobre as águas indo em direção ao barco. Pedro, entusiasmado, pediu para que Jesus também o fizesse andar sobre o mar. Jesus autorizou e Pedro também andou sobre as águas indo ao encontro de Jesus. Porém naquele momento, um vento forte assustou Pedro, e ele começou a afundar. Na verdade, enquanto Pedro estava olhando para Jesus, tudo ia bem, porém quando olhou para o vento forte e para o mar agitado, começou a afundar.

“E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me.” (Mat. 14:29-30)

Um terceiro fato semelhante, nos leva à peregrinação do povo hebreu pelo deserto. Quando Moisés libertou o povo da escravidão do Egito e o conduziu pelo deserto, em muitas ocasiões o povo olhava para as aflições naturais do deserto, a falta de alimento e a falta de água, ao invés de olhar somente para a frente, onde estava Canaã, a terra prometida por Deus. Por causa disso, o povo murmurava e sofria.

“Tendo, pois, ali o povo sede de água, o povo murmurou contra Moisés e disse: Por que nos fizeste subir do Egito para nos matares de sede, a nós, e aos nossos filhos, e ao nosso gado?”(Ex. 17:3)

Estes fatos são reais em nossa vida cotidiana. Não podemos negar que todos nós estamos vivendo num mundo que jaz no maligno, um deserto cheio de aflições, um mar revolto que parece nos afogar.

Mas enquanto estivermos olhando para esses problemas, enquanto estivermos preocupados com as aflições do momento, estaremos sempre sofrendo as conseqüências dos próprios problemas que nos cercam. Por isso, a Palavra de Deus nos exorta a olharmos sempre para cima, olharmos para Jesus que sempre nos estende as mãos da mesma maneira que estendeu para Pedro no mar revolto.

“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra;” (Col. 3:2)

Por essa razão é que Jesus nos recomenda a olhar somente para Ele, e entregarmos todas as nossas ansiedades a Ele. Ora, se olharmos somente para Jesus, se olharmos somente para o reino de Deus que é o nosso destino final nesta viagem, então todos os problemas e aflições desta vida ficarão debaixo de nossos pés, mas a vitória estará sempre à nossa frente.

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”(Mat. 11:28-30)

Certo pastor, numa cerimônia fúnebre no momento do sepultamento, fez essa observação, de que todos naquele momento estavam olhando para baixo, para a sepultura, e ninguém se dava conta de que o falecido na verdade estava nos céus.

Se o povo hebreu estivesse sempre com a visão voltada para a terra prometida, não passariam pelas aflições por que passaram; se Pedro tivesse olhado somente para Jesus, sem se importar com o vento e o mar revolto, então ele chagaria até o destino sem afundar. O mesmo acontece conosco, se não olharmos para o problema, mas descansarmos em Jesus, então atravessaremos o deserto em paz.

Quando orar, não diga a Deus que você tem um grande problema, mas diga ao problema que você tem um grande Deus!

Que Deus o(a) abençoe.
Walter Ponci

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