6 de junho de 2009

TIRAI A PEDRA

Certa vez Jesus foi chamado, porque um homem chamado Lázaro, que era muito seu amigo, tinha ficado doente e morreu em seguida (João 11:1-45). Jesus foi ao sepulcro de Lázaro após quatro dias, e sabemos pelo texto, que Jesus já foi ao sepulcro com a intenção de operar um milagre e ressuscitar aquele morto.

Naquele tempo, os sepulcros eram feitos em cavernas nas rochas onde se colocava uma grande pedra na entrada para fechar o túmulo. Quando Jesus chegou naquele lugar, acompanhado de várias pessoas, ele ordenou aos que estavam com ele: “TIRAI A PEDRA” (João 11:39). Evidentemente, Jesus queria que os homens abrissem o túmulo para que ele tivesse acesso ao morto.

Um detalhe aqui nos chama a atenção. Jesus, que tinha o poder de ressuscitar um morto de quatro dias, não tinha o poder de tirar uma pedra da entrada do sepulcro? Era necessário que ele mandasse os homens executarem esse trabalho?

Nós cremos que TUDO que está registrado na bíblia, não está registrado por mero acaso, mas tudo tem um propósito diante de Deus. Esta ordem que Jesus deu, para tirarem a pedra, parece algo muito insignificante e sem valor, porém encerra um grande ensinamento para todos nós.

Este detalhe nos mostra que TUDO AQUILO QUE O HOMEM PODE FAZER, Deus não o faz para nós. O que é responsabilidade do homem, deve ser feito pelo próprio homem. O homem poderia perfeitamente retirar aquela pedra, não seria necessário um milagre para isso, porém, o homem jamais poderia ressuscitar o morto, então este seria um milagre que só Jesus poderia fazer, por isso ele não ordenou aos homens que o fizesse.

Isto se aplica ao nosso dia a dia, na nossa comunhão com Deus. Temos promessas que Deus cuida de nós, sob todos os aspectos, mas isto não significa que Deus nos segura pelos braços e nos conduz como um marionete. O nosso relacionamento e a nossa comunhão com Deus estão firmados em uma base de fé e obediência. Muitos dos nossos atos devem ser executados exclusivamente por nós. Vamos dar um exemplo:

Se alguém, que é muito impaciente e quer mudar para se tornar uma pessoa paciente, provavelmente irá orar pedindo que Deus mude sua vida dando-lhe muita paciência. Esta é uma oração que Deus jamais atenderia, pois muitos pensam que orando assim, Deus faria como nas histórias infantis, daria um toque em sua cabeça e instantaneamente aquela pessoa se transformaria em uma pessoa paciente. Não é assim que Deus faz.

Para atender essa oração, a primeira coisa que Deus faz é permitir que essa pessoa se envolva em uma situação bastante difícil onde realmente seja necessária muita paciência par poder superar. Em seguida, Deus diz: “Eis aí. Você agora está numa situação onde precisa de paciência. Você me pediu paciência, agora seja prático e exerça a paciência de que você precisa”. E aí não tem outro jeito, aquela pessoa deve exercer a paciência por seus próprios esforços, até aprender a ter paciência.

É como acontece na aula de natação. Ninguém aprende a nadar em uma sala de aula com o professor fazendo desenhos na lousa. Para aprender a nadar é necessário entrar dentro da água e praticar.

Este foi apenas um exemplo, mas existem inúmeras situações em que não podemos orar pedindo a Deus, porque é algo que deve ser feito como nossa obrigação. Por isso é que temos diante de nós a Palavra de Deus, a Bíblia, para aprendermos como viver na presença de Deus e como ter comunhão com Ele.

Por isso, sempre que for pedir algo a Deus em sua oração, verifique primeiro se não se trata de algo que deve ser feito exclusivamente por você mesmo. Muitos não sabendo disso, acabam dizendo que Deus não atende suas orações, e em vez de melhorar parece piorar, e pensam até que é tentação do inimigo.
Isto faz parte de nosso crescimento espiritual, e de nossa vida santificada diante de Deus. Peça orientação de Deus nesse sentido, medite na Palavra, e descubra quantas coisas você pode melhorar em sua vida. Veja as recomendações na Palavra de Deus: Amar o próximo, controlar nossos pensamentos, controlar nosso olhos, nossa boca, e outras coisas mais.
Que Deus o(a) abençoe.
Walter Ponci

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